sábado, 26 de abril de 2025

Agricultor vai a júri popular por tentativa de homicídio contra cunhado na Serra do Mel/RN

O Tribunal do Juri Popular da Comarca de Mossoró, julga nesta segunda feira 14 de abril de 2025, um caso de violência familiar que quase terminou em tragédia na noite de 18 de abril de 2019, no município de Serra do Mel, no interior do Rio Grande do Norte.

O agricultor Francisco Bruno Ferreira se tornou réu em processo por tentativa de homicídio qualificado contra o companheiro de sua irmã, identificado como Antônio Madson Andrade da Silva.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu por volta das 20h, no conhecido “Bar do Gachelo”, localizado na Vila Paraná. De acordo com os autos do inquérito policial nº 022/2019, a vítima havia ido ao estabelecimento para comprar vinho, quando foi surpreendida por disparos de arma de fogo efetuados por Francisco Bruno, que já se encontrava no local.

Motivado por razões fúteis, ligadas a constantes brigas entre a vítima e sua companheira (irmã do acusado), Francisco Bruno teria agido com animus necandi — ou seja, com a intenção clara de matar. A vítima conseguiu fugir e se esconder dentro de uma casa na mesma vila, mesmo sendo atingida de raspão na cabeça. Essa reação rápida foi essencial para que ele sobrevivesse ao atentado.

Ainda segundo a denúncia, o acusado não conseguiu consumar o homicídio por circunstâncias alheias à sua vontade, o que configura a tentativa do crime, conforme previsto no artigo 121, § 2º, inciso II, do Código Penal Brasileiro.

O Ministério Público pediu o recebimento da denúncia e a abertura de processo criminal, com a devida citação do acusado e o prosseguimento das fases processuais, incluindo oitiva de testemunhas e outros atos previstos no Código de Processo Penal.

Agora, Francisco Bruno Ferreira irá a julgamento, e a Justiça decidirá se ele deve ser condenado pela tentativa de homicídio qualificado, crime que pode levar a uma pena severa. O julgamento está previsto para começar as 09h30min, no Forum Municipal Silveira Martins, no Bairro Costa e Silva. O juri será presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Na acusação atuará o promotor de justiça Italo Moreira Mastins e a defesa do réu, sera feira pelo defensor público Bruno Sá Andrade.